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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A Outra


Escuto-te falar as mesmas coisas, só que em outras palavras.
Às vezes as mesmas, já não importam mais.
Só não quero ouvir-te aqui:
Onde tudo que é água se transforma em lágrima de lamento,
E tudo que é lágrima se evapora – me seca por dentro.
Não quero perceber qualquer ruído distraído...
Antes, que me tenha a verdade mais bela.
E que não passe de tempo em tempo.
Nem dê a desculpa de que voa com o vento.
Que dure até quando durar o amor em mim.
Para que não me perca em meu próprio fim.
Vou olhar ao meu lado - desfrutar da vida que me quer em outras palavras.
Àquelas que se ouvem com os olhos e têm prazo – agora.

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