As nuvens fizeram o sol ser ignorado, pensei que ia chover.
O dia esteve bonito – cada segundo parecia durar dois.
Percorri o caminho mais longo pra ter o que fazer.
Preferia estar só. Sem ressentimentos.
Me acharam mais do que sou. Me senti querida.
Professei a rotina: cheguei a pensar que não deveria.
A noite em nada alterou a falta memória: melhor não pensar.
Não sentia o tempo, tampouco alguma variação notória.
É só um ano mais, ou a menos.
Recitei palavras de afeto. Chorei.
Choro. Penso no que ficou e no que já é.
Um pouco mais de sentido? Nada.
Ainda prefiro estar só. Sem mágoas. Olhando pra dentro.
Com mais sono do que menos.
Meus medos estão evidentes. São parte de mim.
Um barulho forte. O chão agora treme, meu coração pressente rápido.
Este é outro medo que vem de fora aqui pra dentro.
Por pouco me distrai. Por muito me distraio.
Volto a dar atenção pra mim.
Agora com medos a mais - e quase nunca a menos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário